Laboratório Ache mantém parcerias que determinam o sucesso da empresa
O novo associado da ANPEI, Laboratório Aché, tem suas atividades voltadas para aplicação tecnológica nos produtos já existentes no mercado farmacêutico. O investimento da empresa em P&D é da ordem de R$10 milhões ao ano.
Em entrevista ao site da ANPEI, José Roberto Lazzarini Neves, diretor da empresa, fala do crescimento do Aché no ano de 2004, que chegou a 10% das vendas brutas dos produtos. Crescimento registrado também nas atividades de P&D.
Parcerias com as principais universidade brasileiras, centros mundiais de pesquisas e empresas de P&D no exterior culminam no sucesso das atividades da empresa.
ANPEI – O Laboratório Aché atua no desenvolvimento de produtos farmacêuticos. Qual o montante de investimentos em P&D?
José Roberto – O Aché tem investido R$ 10.000.000/ano em projetos de P&D de Fitomedicamentos. Atualmente, temos 9 projetos em fase de estudo.
ANPEI – O Aché direciona suas atividades mais para P&D de novos produtos ou para aplicações tecnológicas em produtos já existentes no mercado?
José Roberto – Direcionamos mais nossas atividades para aplicações tecnológicas em produtos já existentes no mercado. No entanto, faz parte do nosso planejamento estratégico investir em P&D de Fitomedicamentos.
ANPEI – Qual é a atual estrutura organizacional da área de P&D do Aché?
José Roberto –
ANPEI – Por envolver saúde e qualidade de vida, o segmento de fármacos está em constante evolução. Qual o registro de crescimento anual da empresa? Esse crescimento se dá também nas atividades de P&D?
José Roberto – A evolução do Aché no último ano (2004) foi de 10%. Este crescimento é referente à venda bruta dos produtos.
Podemos considerar que este crescimento também acontece nas atividades de P&D, pois aumentamos o nosso quadro de funcionários, estruturamos o setor e hoje contamos com um portifólio de 9 produtos em desenvolvimento para patologias diversas como: trauma, osteoartrite, lombalgia, diarréia, ansiedade, distúrbio cognitivo, esteatose hepática, asma/bronquite e hipertensão.
Além disso, as atividades de P&D Fitomedicamentos fazem parte do planejamento estratégico da empresa (lançado em Outubro/2004).
ANPEI – O Aché trabalha em parceria com os outros centros mundiais de pesquisa em produtos farmacêuticos? Quais?
José Roberto – O Aché trabalha em parceria com empresas de P&D no exterior e centros mundiais que realizam pesquisas em produtos farmacêuticos. São eles:
– Finzelberg – Alemanha
– Indena – Itália
– Debio – Suíça
– Helsinn – Irlanda
– Laboratoire de Pharmacognosie et Phytochimie Ecole de Pharmacie Genève-Lausanne Université de Genève – Dr. Kurt Hostettman
ANPEI – A Lei de Inovação sancionada em dezembro último prevê a constituição de ambiente propício a parcerias estratégicas entre as universidades, institutos tecnológicos e empresas. O Aché mantém parcerias com universidades brasileiras para realização de seus projetos?
José Roberto – Sim, as Universidades Brasileiras que trabalham em parceria com o Aché são:
– UNICAMP, através do CPQBA (Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas)
– Universidade Federal de Santa Catarina
– UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) – EPM – Escola Paulista de Medicina
– UERJ
– UFRJ
– Faculdade de Medicina da USP
– UFC
– PUCCAMP
ANPEI – Na sua opinião, em que a Lei de Inovação vai beneficiar as empresas? Como o senhor vê a política industrial e de incentivos fiscais do País?
José Roberto – A Lei de Inovação facilita e estabelece regras para o relacionamento e a integração dos vários elos que compõem a cadeia da inovação do nosso país. Buscando assim, maior sinergia entre as Universidades, institutos de pesquisa públicos e privados, inventores, pesquisadores, centros de pesquisa, das empresas do setor produtivo. O escopo da Lei é de estimular as empresas a se estruturar tecnologicamente e a desenvolver projetos inovadores. O país precisava de uma ferramenta que proporcionasse incrementar a atividade de inovação de tecnológica.
A política industrial, deveria ser uma política de Estado e não de Governo, ou seja, o Brasil deve ater-se a essa importante questão que é o desenvolvimento tecnológico do país. Com relação ao que dispõe o artigo 28 da lei de inovação, ou seja, incentivos fiscais para empresas que investem em inovação, estamos confiantes e ansiosos na regulamentação da proposta que será discutida no Congresso em breve, pois, o espírito da Lei é incentivar as empresas que já investem em inovação e agregar a esse grupo novas empresas no campo de desenvolvimento tecnológico.
ANPEI – Em seu site, o Aché expressa a preocupação com meio ambiente. A gestão responsável do meio ambiente é um diferencial competitivo nesse mercado de atuação?
José Roberto – Sim, sem dúvida. O Aché é certificado pelo ISO 14001 e OHSAS 18001 e isso facilita muito a relação com nossos fornecedores e parceiros, que vêm isso com bons olhos. Para o Aché, já é comum falar da ISO 14001, mas para outras várias empresas não, e isso faz muita diferença num momento de uma apresentação da empresa. Além disso, podemos afirmar que o Aché é referência em meio ambiente no questionário de indicadores do Instituto Ethos com a nota mais alta entre os participantes. Recebemos ainda há duas semanas, o prêmio de mérito ambiental, concedido pela FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
ANPEI – O que motivou o Aché a associar-se à ANPEI?
José Roberto – A ANPEI congrega empresas cujo diferencial está na utilização da inovação como ferramenta estratégica para a sua competitividade. Além disso, a ANPEI apóia e contribui para o desenvolvimento científico e tecnológico do País e para a formação de recursos humanos voltados para a geração do conhecimento e de sua aplicação em benefício da sociedade. Esta associação propicia às empresas capacitação na gestão tecnológica, para melhor gerir o esforço inovador.
O Aché como maior indústria farmacêutica, percebeu a necessidade de investir em inovação para manter seu crescimento sustentável, ou seja, é uma decisão estratégica que garante a competitividade num mundo globalizado.
Para que as empresa que seguem este mesmo caminho possam ter suas necessidades atendidas pelo governo, nada melhor do que estarem associadas para otimizar seus objetivos.
Neste sentido a ANPEI cumpre nosso anseio de termos uma voz forte, atuante e fomentadora na capacitação e gestão tecnológica.