Organização em clusters é saída para empresas
O desenvolvimento econômico deve levar à prosperidade, pois este é o principal objetivo das empresas. No entanto, a fim de criar mais valor, funcionários e empresas não podem fornecer os mesmos bens e serviços o tempo todo, precisam criar mais valor para seus produtos ano após ano: isto é, precisam inovar.
Nesse sentido, os clusters são fundamentais para a criação de um ambiente microeconômico que favoreça a inovação. A opinião é de Pedro Arboleda, especialista em competitividade econômica do Monitor Company Group, dos Estados Unidos, que proferiu a palestra magna da VI Conferência ANPEI, nesta segunda-feira (5), no Rio de Janeiro.
Os clusters podem ser definidos como um grupo de empresas que atuam em um mesmo setor, que têm seus negócios interconectados e estão geograficamente próximas. Mesmo em tempos de comunicação instantânea, de qualquer parte do mundo, a proximidade das empresas é fundamental para que a informação continue a fluir livremente entre os vários parceiros.
“Nos Estados Unidos, se alguém quer se dedicar a um setor, vai para onde está o cluster específico dele”, explicou Arboleda. “A região de Houston não produz petróleo há 30 anos ou mais. No entanto, as empresas que fabricam equipamentos ou prestam serviços para essa área continuam sediadas lá, pois têm à mão a expertise de suas companheiras e a facilidade de comunicação”. Em clusters, as empresas podem se beneficiar de fornecedores de equipamentos, serviços tecnológicos especializados e de terceiros.
Os clusters, de acordo com Arboreda, levam à maior eficiência na produção, ambiente favorável à inovação e facilidade de comercialização de produtos e serviços. Mas há dois erros comuns na formação de um cluster que precisam ser evitados: a falta de atenção à comercialização e a imposição de barreiras à entrada de concorrentes.