Presidente da Anpei destaca
importância da inovação para o País
Em seu discurso na abertura da VI Conferência ANPEI, na tarde de ontem (5), no Rio de Janeiro, o presidente da associação, Ronald Dauscha, disse que o Brasil encontra-se em um momento bastante desafiador em relação ao desenvolvimento econômico, tanto no ambiente interno como no internacional, e que a inovação tecnológica pode ter um papel muito importante nesse cenário. Dauscha ressaltou as contribuições da ANPEI no processo de inovação no país.
Antes ele fez uma análise da atuação das empresas nessa área. “Segundo dados da última Pintec, realizada pelo IBGE, apenas 33% das empresas industriais no país fazem algum tipo de inovação tecnológica e destas apenas 74% realizaram alguma atividade inovativa, e só 2,7% lançaram produtos novos no mercado nacional entre 2001 e 2003″, disse Ronald Dauscha. Ele informou também que a intensidade de P&D (relação dos dispêndios sobre o faturamento) destas empresas caiu de 0,64% para 0,53% entre os dois ciclos da pesquisa (de 1998 a 2000 e de 2000 para 2003) e que um levantamento que está sendo feito pela ANPEI indica que apenas 3% das empresas fizeram uso de incentivos públicos a P&D.”
Ao lado desses dados negativos, Dauscha ressaltou, no entanto, uma série de esforços e melhorias feitos “por muitos setores do governo no sentido de oferecer um arcabouço mais avançado de incentivos à inovação” para os quais a ANPEI tem sistematicamente contribuído em diversos momentos. “Como, por exemplo, propondo e discutindo, baseado em seus associados ou por solicitação dos órgãos governamentais, textos para as leis e decretos em discussão e em regulamentação (p. ex, Lei de Inovação, MP do Bem, os novos financiamentos do BNDES, ações transversais da FINEP, etc.); sugerindo e instigando a implantação de centros de inovação e modernização empresarial, fomentando desde o início uma ‘Iniciativa Nacional de Inovação’, entre outros.”
A Conferência, que termina nesta quarta-feira, terá ainda a apresentação de cases de empresas nacionais que inovam no país, sessões temáticas sobre “Encomendas de Projetos Estruturantes”, “Competitividade Tecnológica dos próximos 10 anos”, “Barreiras à Inovação nas MPEs” e “Atratividade do Brasil para Centros de P&D”.