A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) lançou, no dia 18 de abril, no campus Pampulha, em Belo Horizonte, a pedra fundamental do prédio que abrigará o Centro de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) e a Inova-Incubadora. De acordo com o cronograma, as obras do edifício de 3,3 mil metros quadrados devem ser concluídas em 14 meses. O projeto tem custo estimado em R$ 9,8 milhões. A capacidade de incubação da Inova deve triplicar, antecipa o pró-reitor de Pesquisa, Renato de Lima Santos. Segundo ele, não se trata apenas de expansão quantitativa. Com ambiente planejado especificamente para tais atividades o que inclui normas construtivas e de biossegurança , a Inova vai poder abrigar empresas de biotecnologia, explica, ao lembrar que o novo Centro também será instrumento fundamental para programa de pós-graduação multidisciplinar em inovação, proposta atualmente em análise na universidade. O novo prédio oferecerá ambiente para a consolidação dos Centros de Tecnologia (CTs). A ideia é oferecer apoio institucional a grupos de pesquisa da UFMG que atuam em rede e revelam elevado potencial de geração de propriedade intelectual, tecnologia, negócios e produtos. O suporte inclui área física e infraestrutura para instalação do setor administrativo dos grupos, além de palestras, cursos, workshops, consultorias e planejamento de negócios. Quando a Inova se instalar no novo prédio, poderá receber simultaneamente até 25 empresas a atual capacidade de incubação é de oito projetos. O prédio de quatro andares também terá auditório de 64 lugares, dois laboratórios multiuso e setor administrativo. Entre 2010 e 2012, a UFMG assinou 20 contratos de transferência. Desde o início dos anos 1990, a universidade fez 643 solicitações relacionadas à propriedade intelectual, dentre as quais 529 pedidos de patentes, 79 registros de marcas, 11 desenhos industriais e 24 programas de computador. Nem todas as transferências geram retorno financeiro para a universidade, mas os royalties obtidos com alguns licenciamentos podem custear estudos que vão resultar em produtos de grande interesse social, com o chamado licenciamento sem ônus. Esse modelo foi adotado pela UFMG em dois casos, ambos relacionados à leishmaniose, e as tecnologias acabaram absorvidas pelas fundações Ezequiel Dias (Funed) e Oswaldo Cruz (Fiocruz). Com o intuito de incrementar esse setor, a CTIT investiu na ampliação da equipe e criou o Núcleo de Inteligência de Mercado, que avalia o potencial mercadológico e de valoração de tecnologias produzidas na UFMG, aspectos importantes no processo de negociação com empresas que são potenciais licenciadoras. O novo diretor da CTIT, Pedro Vidigal, informa que outra iniciativa adotada no ano passado já começa a dar frutos: o projeto Agentes de Inovação preparou 20 estudantes de diversos cursos de graduação para disseminar informações relacionadas ao tema em todas as unidades acadêmicas. A UFMG criou recentemente a disciplina optativa Introdução à Propriedade Intelectual, que está sendo oferecida pela primeira vez a estudantes de pós-graduação de todas as áreas. (Com informações da UFMG)

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