Companhias de TI são as que mais investem em P&D, mas não no Brasil
Tanto em valores absolutos como em porcentagem do faturamento destinado à pesquisa e desenvolvimento, as empresas de tecnologia da informação lideram o ranking da Booz Allen Hamilton de gastos em P&D. Juntas, as categorias “computação e eletrônica”, “tecnologia” e “software e internet” respondem por investimentos de US$ 146,5 bilhões, ou 38% do total movimentado para este fim entre as mil corporações que compõem a lista.
O Brasil, entretanto, não tem se beneficiado muito com isso. Os esforços de P&D das fornecedoras de tecnologia que encabeçam a lista são modestos no mercado nacional, inclusive a Microsoft, primeira colocada no levantamento. O que ela tem feito é localizar talentos nas universidades e centros de pesquisa. Quando encontra, patrocina e apóia seus trabalhos.
Marcos Pinedo, diretor de estratégia da Microsoft, afirma que a subsidiária nacional está investindo cerca de US$ 20 milhões com recursos próprios em centros de tecnologia voltados a pesquisa e desenvolvimento espalhados pelo Brasil. Em três anos, foram abertas 17 unidades. Além disso, a matriz da empresa investe em laboratórios dentro de universidades – USP e Unicamp já receberam recursos – e financia pesquisadores. A americana Sun Microsystems, a 49ª do levantamento, investe na expansão de uma comunidade local de desenvolvedores que cria sistemas com a Java, linguagem de programação da fornecedora.
Já a HP, que está na 24ª posição da lista, com investimentos de US$ 3,5 bilhões em pesquisa e desenvolvimento em 2004, gastou, somando-se os últimos três anos, R$ 175 milhões para esta finalidade no Brasil. Já na indústria farmacêutica, os investimentos no País se destinam basicamente a testes de medicamentos em seres humanos doentes. A criação dos remédios fica sob a responsabilidade de centros nos Estados Unidos, na Inglaterra, na França e no Japão.
Fonte: Valor Online